segunda-feira, 7 de abril de 2014

Hoje novo protesto contra aumento das passagens deve reunir quase 4 mil em BH

Publicado originalmente no portal R7.

Um novo protesto contra o aumento das passagens de ônibus promete reunir quase 4 mil pessoas nesta segunda (7), em Belo Horizonte. O ato, que foi intitulado de "2º ATO: SE A TARIFA NÃO BAIXAR, A CIDADE VAI PARAR!", será realizado na praça Sete, no centro da capital mineira, às 17h.

A manifestação foi organizada pelo movimento "Tarifa Zero BH", que afirma que o novo preço de R$ 2,85 "é um crime contra toda a população de BH".

Segundo o convite do evento criado no Facebook, "o aumento se baseia em dados irreais para cumprir um contrato entre a prefeitura e as empresas de ônibus".

Nesse domingo (6),  após as empresas de ônibus ignorarem ordem judicial e cobrarem passagens mais caras na capital mineira, a BHtrans garantiu que irá "tomar medidas cabíveis".

Por meio de nota, a assessoria do órgão informou que "a (PBH) Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e da BHtrans, reitera que, nesta segunda-feira (7), ao ser notificada da liminar noticiada pelo MP (Ministério Público) e tomar conhecimento de seu conteúdo, vai avaliar as medidas cabíveis a serem tomadas".

Na última sexta-feira (4), uma liminar suspendeu o aumento por 30 dias até que o MP analise os documentos sigilosos das empresas para decidir se o reajuste é ilegal ou não. Nesse sábado (5), a PBH afirmou que acataria a suspensão, apesar de não ter sido notificada oficialmente da decisão. Já o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) preferiu bancar o aumento, com a justificativa de que os aparelhos que cobram as passagens já tinham sido configurados.

Conforme a liminar, o descumprimento provoca multa de R$ 1 milhão. Entretanto, a decisão não esclarece se é a prefeitura, a BHTrans ou o sindicato das empresas que irá pagar a multa. O Setra-BH afirma que a penalização só é válida após a notificação.

O reajuste

O reajuste foi publicado no DOM (Diário Oficial do Município) na última quinta-feira (3). Um dia antes, o prefeito Marcio Lacerda afirmou que tinha apenas "começado" a discutir o assunto com a BHTrans.

De acordo com o decreto da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, a passagem de ônibus passou de R$ 2,65 para R$ 2,85 na maioria das linhas da cidade. O texto justifica o aumento com base nos resultados do “trabalho de vertificação independente, relativos às revisões contratual e tarifária definidas nas cláusulas 19 e 22 dos Contratos de Concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus”.

Segundo a portaria, a auditoria do serviço apurou a necessidade de um reequilíbrio de 2,97% nos valores. A suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional das empresas de transporte coletivo e a falta de reajuste no final do ano passado foram outros fatores citados pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte).

Com o aumento, as linhas diametrais, semi-expressas, radiais, perimetrais e troncais passam de R$ 2,65 para R$ 2,85. Já as circulares e alimentadoras subiram de R$ 1,90 para R$ 2.,05. Entre os ônibus de vilas e favelas, o preço foi de R$ 0,60 para R$ 0,65. Nas linhas curtas de serviço executivo, a tarifa foi reajustada de R$ 4,00 para R$ 4,35. Nas longas, o usuário passará a pagar R$ 5,40.

A decisão informa ainda que os créditos eletrônicos dos cartões BHBus adquiridos até o último sábado poderão ser utilizados até o dia 21 de maio deste ano, com manutenção do valor de uso, ou seja, serão debitadas as tarifas anteriores ao reajuste. Após o vencimento dos créditos eletrônicos, os mesmos poderão ser trocados por créditos de um novo lote no prazo de até 30 dias.

Suplementares e táxis-lotação

De acordo com a portaria publicada pela BHTrans, o valor do táxi-lotação passa de R$ 2,90 para R$ 3,15, nas avenidas Afonso Pena e Contorno. O decreto ressalta que os novos valores são necessários “em decorrência do reajuste das tarifas Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte, para que seja mantido o equilíbrio operacional entre os dois serviços”.

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